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FELIZ NATAL
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008Postado por Instituto 5 de Junho às 13:49 0 comentários
Concreto e sustentabilidade?
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
O concreto2 é o material mais produzido e utilizado nas construções brasileiras, sendo empregado em edificações, pontes, obras de arte, estradas, represas e outros em todo território nacional. Seu uso crescente também implica em atividades impactantes, não somente em sua aplicação, mas também em sua produção. Segundo LARANJEIRAS (2002)3 a cada tonelada de clinker produzido na fabricação do cimento corresponde, aproximadamente, a uma tonelada de gás carbônico emitida para a atmosfera. A indústria do cimento produz mais de 2 bilhões de toneladas anuais deste material, o que implica na emissão de 7% do total de dióxido de carbono lançado anualmente na atmosfera no mundo todo.
Para a produção do concreto, são também utilizados materiais como a areia e a brita, juntamente com outros aditivos minerais. Essa utilização beira o montante de 12 bilhões de toneladas anuais desses materiais. Se considerarmos, somando ao impacto da exploração, todo o processamento e transporte dessa matéria prima, veremos que todo processo de produção do concreto afeta muito desfavoravelmente o ambiente. Para finalizar, todo o processo consome mais de 1 trilhão de litros de água por ano.
A redução da durabilidade das estruturas de concreto provoca o aumento do consumo de matérias primas, produção de poluentes, gastos energéticos e custos adicionais com reparos, renovação e manutenção das construções.
As construções em concreto armado geralmente são projetadas para ter uma vida útil de 50 anos. Alguns estudos demonstram que em grandes centros, devido a inúmeros fatores, as construções não resistem aos 20 primeiros anos sem começarem processos de deterioração, sendo esse um processo mundial. A Associação Americana de Engenheiros Civis (ASCE) estimou, no ano de 2001, que o custo do reparo de infra-estrutura em concreto ultrapassou o valor de 1 bilhão de dólares nos EUA, fato que levou alguns estudiosos das tecnologias construtivas a sugerirem o aumento da vida útil das construções para, em média, 150 anos.
Aumentado a vida útil das estruturas em concreto, de maneira geral, se mostra uma boa solução a longo prazo para a preservação de recursos naturais, redução de impactos, economia de energia e aumento do potencial de extração das reservas naturais. Porém, para se obter esses resultados, é necessário a reestruturação do processo construtivo, que prega a produtividade acelerada, tornando-o propenso à preservação dos recursos, previsão de necessidades a longo prazo e maior durabilidade estrutural.
---
1 Hawken, P.; Lovins, E.; Levins, H. Natural Capitalism – Creating the Next Industrial Revolution, Little Brown and CO., 1999, 369p.
3 Laranjeiras, A.C.R.; Palestra – Estruturas de Concreto Duráveis – Uma chave para o sucesso do Desenvolvimento Sustentável, Simpósio Comemorativo IBRACON 30 anos, 2002.
Postado por Instituto 5 de Junho às 17:59 0 comentários
Marcadores: Ações, Consumo, Sustentabilidade, Tecnologia
Logística reversa
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Grande parte do desperdício é gerada pela grande diferença entre a quantidade de material descartado e de material que poderia ser, mas não é, reutilizado, sendo assim, a Logística Reversa, ou como alguns a denominam, Logística Verde, estuda as melhores formas de direcionamento do produto após seu consumo e seu possível reaproveitamento.
Cada material já utilizado carrega consigo uma quantidade de valores agregados considerável. Desde sua produção até seu descarte, temos o desprendimento de energia para sua produção, valor e rendimento de uso e importância para outros processos. Como já foi comentado em outros textos deste blog, o reaproveitamento energético de um determinado produto é de importância considerável e outros problemas como a geração de lixo e demais poluições elevam ainda mais as necessidades com o cuidado com nosso descarte. Podemos dizer que os preceitos básicos da logística verde são: tudo que não for utilizado posteriormente deverá ser re-inserido no processo atual, em outros processos ou sistemas; toda inserção no ambiente deverá gerar impacto ZERO.
Estabelecer caminhos eficientes de reutilização, reciclagem, reuso e reaproveitamento energético se torna de suma importância na consolidação de atividades sustentáveis. Mas, apesar disso, muitas empresas não trabalham com esse tipo de planejamento. O que vemos é o total desconhecimento ou mesmo abandono deste tipo de prática.
A logística verde apresenta uma série de vantagens para as empresas praticantes, podendo ser destacadas: obediência à legislação ambiental no que se trata do tratamento de produtos pós-uso; retorno de produtos à linha de produção, gerando economias; conscientização ambiental dos consumidores; diminuição dos custos com descarte de lixo. Uma empresa que realiza esse tipo de planejamento pode utilizá-lo como diferencial e obter vantagens competitivas no mercado.
1 – Processo reativo: a empresa trata os resíduos gerados por ela, cumprindo a legislação ambiental vigente.
2 – Processo pró-ativo: o tratamento do resíduo objetiva reduzir as quantidades geradas, otimizando processos.
3 – Processo eco-eficiente: utilização de técnicas de re-engenharia dos produtos, com a re-inserção total na própria empresa e o reprocessamento por fornecedores. Algumas empresas utilizam essa prática como fidelização de consumidores, trocando por exemplo, usados por novos.
4 – Processo de impacto-zero: nesse processo, a empresa extrapola seu ambiente operacional e utiliza toda cadeia de suprimentos (supply chain).
Referências bibliográficas:
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial, 2006. 5a ed. –
Bookman.
http://www.ibralog.com.br/ler_artigo.php?cod=102
Postado por Instituto 5 de Junho às 20:50 0 comentários
Marcadores: Logística, Sustentabilidade
O incrível Motor Que Queima Lixo
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
A idéia na ocasião era bastante improvável, mas durante a Exposição Tecnológica Mundial (Expowec 2008), em Brasília no dia 6 de dezembro, foi exposto um motor a combustão externa que tem como proposta utilizar qualquer tipo de material combustível para funcionar. Isso inclui, de acordo com Luiz Guilherme Wadt, pesquisador da EMBRAPA, “...biodiesel, etanol, resíduos da agricultura, madeira, carvão, combustíveis fósseis como carvão mineral e derivados de petróleo”.
De acordo com este pesquisador, o motor pode utilizar até restos mortais de pequenos animais, o que resolveria o problema energético de pequenos criadores que utilizam motores para produção de energia elétrica e não é indicado para o uso automotor, uma vez que a queima dos materiais não ocorre de maneira regulável, como em motores de combustão interna.
O conceito é interessante do ponto de vista de se recuperar a energia dos materiais. A reciclagem se baseia no uso e reuso de materiais, aproveitando-se sua função, mas, e se imaginarmos a chance de recuperarmos a energia gasta no processo de produção dos itens que ao final das contas vai virar lixo? E, em alguns casos, que não serão reciclados? Seria uma boa iniciativa, principalmente para poupar processos de produção energética que provocam poluição ou grandes impactos ambientais. Além disso, aumentaria a demanda energética de regiões afastadas dos grandes centros.
Porém, a queima em si já se caracteriza como processo poluidor. A combustão libera compostos como o monóxido de carbono, anidro sulfuroso e ácido clorídrico, este resultante da queima de plásticos (PVC) ou embalagens de leite ou cartões plastificados. Outros produtos derivados da incineração são as dioxinas e furanos (em escalas preocupantes), chumbo, cádmio, arsênio e cobre, sendo esses últimos encontrados em madeiras de demolição em concentrações centenas de vezes superiores às das madeiras virgens. Além da poluição do ar, o rejeito sólido produzido ainda poderá carregar os compostos poluentes ao solo, se descartados de maneira incorreta.
Será que essa idéia vai ter futuro?
Postado por Instituto 5 de Junho às 19:03 0 comentários
Marcadores: Ações, Consumo, Energia, Poluição, Tecnologia
Ensaio, insônia, natureza e um pouquinho de palavras
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Estava com dificuldades para dormir e comecei a tentar não pensar em nada, mas o que foi bastante curioso foi a seqüência de pensamentos que vieram desde então. Liguei a televisão e vi um economista dizer na madrugada sobre a questão da economia ter começado seu desenvolvimento teórico baseado nas leis físicas, na mecânica, mais precisamente. De acordo com ele, os teóricos das ciências econômicas afirmavam que a economia era previsível, reversível e cíclica. Desta maneira, seria possível traçar os rumos da economia individual de cada região, prever seus efeitos, reverter crises e esperar até tudo voltar ao ponto zero e recomeçar o ciclo econômico novamente.
Se pensarmos que os ciclos e as atividades econômicas embasam e retratam, lembrando que eu não sou economista, os desenvolvimentos tecnológicos e o crescimento de regiões ou em níveis globais, podemos perceber que seus índices e números retratam diretamente as questões de impacto da atividade humana ao ambiente. É inegável que quanto maior o desenvolvimento, maior o reflexo impactante nos ambientes naturais. É um grande problema, digno de ser pensado em uma madrugada.
A saga do meu raciocínio continuou, comecei a lembrar de alguns conceitos básicos das ciências naturais... Isso me trouxe à lembrança uma das leis mais incríveis que a natureza poderia ensinar e que as ciências admitem e reafirmam: "tudo tende ao equilíbrio"; e o estado de equilíbrio induz a uma situação de repouso ou de movimento constante. Ampliando este conceito, poderíamos dizer que o equilíbrio é a situação onde temos o melhor rendimento para um determinado sistema, ou seja, o suficiente para não haver mudanças ou o suficiente para existir um desenvolvimento constante. De qualquer maneira, a natureza trabalha com o suficiente para se manter e tudo que é desigual provoca um desequilíbrio que prontamente é combatido pela própria natureza.
Proponho espelharmos essas leis e esses princípios para nossa vida cotidiana. Que tal imaginarmos a aquisição de um carro, de padrão médio-elevado, nada muito luxuoso, mas que agrada nosso ego e provoca boa impressão. Nosso carro pesa uma tonelada, gasta 8 litros de combustível por quilômetro e chega a uma velocidade de 260 quilômetros por hora. Vamos calcular o rendimento dessa nossa posse? Sem números, só com idéias... Temos uma tonelada de metal, plástico, óleo, circuitos e demais polímeros para transportar apenas uma pessoa que tem entre 70 e 90 quilos. O engraçado é que muitas das vezes, não existe outra pessoa usufruindo desse veículo, ele gera vapores e fumaça prejudiciais ao ser humano, que provocam poluições, seus pneus fazem parte de uma triste estatística de acúmulo de lixo não reciclado, gasto de metal, consumo de combustível não renovável (petróleo) e outras características que somente agravam a situação. Não se aproveita ao menos 15% do potencial total de um automóvel como este.
Outro exemplo interessante sobre rendimento pode ser o uso de energia elétrica. Algumas estatísticas, dados técnicos e especialistas afirmam que se ampliarmos as exigências sobre as usinas hidrelétricas conseguiríamos produzir até 20% mais de energia elétrica. Outros, afirmam que o uso consciente, doméstico e industrial, conseguiria aumentar nosso potencial energético em até 50%. Onde então está o fator dominante na nossa "crise energética"? Seria a dificuldade em produzir mais ou a capacidade de gastar menos? Capacidade de gerenciar um rendimento melhor dos nossos recursos?
Isso tudo nos mostra que não é somente uma questão de planejamento e prevenção, é uma questão de costume. É uma cultura viciada de expansão desenfreada e despreocupada que não consegue imaginar a própria situação daqui a alguns anos.
O pensador Malthus disse que o crescimento da produção de alimentos progredia em uma marcha aritmética, enquanto a população de reproduzia a taxas geométricas. O pensador estava errado, vemos uma taxa muito superior de crescimento de produção de alimentos do que a taxa de crescimento populacional. Ele afirmou também que o crescimento desenfreado da população em relação à produção alimentícia, provocaria um quadro generalizado de fome. O que ele ignorou é o fato dos recursos renováveis possuírem total capacidade de suprir a população em qualquer índice numérico, sendo assim, nosso grande problema é que somos, querendo ou não, uma espécie animal e por mais que desenvolvamos tecnologia e consigamos modificar nosso meio, ainda partilhamos das mesmas diretrizes no quesito sobrevivência. Pelo que eu saiba, não produzimos energia, não produzimos matéria e não inventamos nada que não saia, não esteja ou não se baseie na natureza. Estamos limitados em um espaço fechado, com limites bem definidos e com recursos que são impactados por nossas ações. Nosso grande problema não é o fim dos recursos, mas o impacto que causamos ao ambiente.
Não estou criticando o sistema, não estou pregando uma doutrina ou muito menos vendendo uma solução. Eu acordei essa madrugada pensando que enquanto todos pregam a sustentabilidade, todos nós desenvolvemos a insustentabilidade, de maneira viciada e completamente alienada em costumes arcaicos, contraproducentes, com baixo rendimento e à mercê de atividades altamente predatórias. A humanidade conseguiu nos últimos séculos ter a capacidade de extinguir espécies naturais (animais ou vegetais) em números próximos aos extintos pela própria natureza desde o início da vida na terra, claro que estou falando em percentuais.
Posso estar correndo o risco de parecer um naturalista fanático, o que não sou, mas nossa existência neste planeta está soando como um grande desastre ecológico que poderá acelerar o processo de extinção do homem. O que a natureza previu para daqui uns milhares, ou até milhões de anos, estamos acelerando para algumas décadas.
Postado por Instituto 5 de Junho às 15:57 0 comentários
Crescimento urbano e poluição
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
As populações se mobilizam em favor da preservação de biomas, rios, parques e outros ambientes, mas se omitem ao ver que o cotidiano e a rotina urbana também provocam impactos importantes ao ambiente, desde a emissão de gases, impermeabilização de solo e produção de lixo ao problema de distribuição de água e tratamento de esgoto.
Devemos compreender que “ambiente” significa o lugar, o recinto, o meio em que vivemos e compreende não somente as áreas selvagens ou naturais e suas reservas, como também os espaços urbanos. De maneira direta ou indireta, as atividades humanas nas cidades provocam impactos ao ambiente natural. Desmatamentos, crescimento desordenado, impermeabilização do solo, desrespeito às leis ambientais, que provocam impactos em leitos de rios e córregos, têm influência direta em fenômenos de enchentes, lixiviação, processos erosivos e outros. Por conseqüência, estes problemas provocam outros, desconsiderados pela população em geral, como infiltração de água contaminada ou vazamentos na rede de distribuição de água potável, carregamento de lixo e sólidos para os leitos de rios, aumento do volume de água de arraste (enxurrada) nas vias urbanas dentre outros.
Destacam-se também a gigantesca produção de lixo e seu dificultoso tratamento, problemas com abastecimento urbano, sistema de tratamento de efluentes, tanto doméstico quanto industrial, ilhas de calor, emissão de gases, efeitos graves nos grandes centros como inversões térmicas, aumento do índice de partículas suspensas e uma infinidade de poluições geradas por automóveis, oficinas, hospitais, postos de gasolina, indústrias, etc. Toda essa atividade, somada ao estresse, não só influência negativamente no ambiente como também prejudica a vida urbana quanto ao conforto e saúde das pessoas.
O poder público e as organizações que auxiliam no combate à degradação ambiental devem se preparar para considerar a expansão urbana como um tema importante no combate aos problemas ambientais. A legislação é um fator decisivo para restringir atividades nocivas tanto em zonas naturais como também em áreas urbanas. A participação da comunidade passa a ser fundamental para a definição das prioridades do governo municipal, a elaboração dos planos diretores de cada município deve conter parcela dos moradores em seu processo de produção. Para isso, deve se proliferar a idéia de que a defesa ambiental começa em nosso quintal, passa para nossa rua, cresce aos bairros e se torna municipal e trabalha juntamente com a proteção das áreas naturais, que passam a ser poupadas dos abusos das atividades urbanas.
Postado por Instituto 5 de Junho às 18:20 0 comentários
Marcadores: Poluição
Responsabilidade ambiental da indústria
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
De acordo com Fernando Gianichini Lopes1, diretor da empresa Key Associados, “foi um trabalho desenvolvido pelas empresas muito mais para fora do que para dentro delas próprias” e prossegue, dizendo existir uma terceira onda onde a gestão ambiental passa a ser um dos fatores que definem a capacidade da empresa em se manter no jogo a longo prazo. A indústria passou então a se preocupar com este setor um pouco além das exigências legais. Essa vertente se deve a uma percepção que se instala nas empresas, de que cada vez mais as questões de meio ambiente serão significantes durante as negociações, influenciando diretamente também na imagem pública da empresa.
A idéia de que os danos ambientais causados pelo desenvolvimento são um preço inevitável já não se sustenta mais, uma vez que empresas que continuam com atividades poluidoras, sem se aplicar a minimizar os danos à natureza provocados por suas atividades passam a ter manchas na imagem perante a opinião pública. O conflito existente entre ambiente e desenvolvimento econômico deixou de ser uma “rivalidade” e passa a ser encarado como uma parceria, onde o crescimento econômico deve manter e promover a conservação de recursos naturais.
A sustentabilidade surge neste contexto e relaciona diretamente os riscos ambientais com as possibilidades de negócios, ainda de acordo com Gianichini, “O grande exemplo é a geração de créditos de carbono, que podem ser negociados no mercado, ampliando a taxa interna de retorno de empreendimentos ambientalmente adequados”. Assim, o retorno proporcionado pela venda dos créditos de carbono ajuda a bancar os investimentos e as ações sustentáveis. De acordo com Porter e Linde2 (1995), se analisada a questão ambiental sob o ponto de vista econômico ortodoxo, a visão resume-se à ecologia versus economia. Considerando, então, como pontos de vista: proteção ambiental custa dinheiro e prejudica a competitividade; e, proteção ambiental é boa para os negócios; leva a uma conclusão curiosa: as duas estão corretas, levando, de acordo com Cristoforetti et. al.3 (2004), a uma terceira proposição, onde a renúncia à proteção ambiental custaria dinheiro proporcional, em prejuízos, da mesma forma se não realizada, ou até mais.
______
1 – Retirado da Revista Goiás Industrial, página 25, primeira quinzena de outubro 2008.
2 - PORTER, M. E.; LINDE, C. Green and competitive: Ending the stalemate. Harvard Business Review,
Boston, October 1995, 99, p.120-131
3 – CRISTOFORETTI, M.; PAPA, M.; GARCIA, M. O Impacto da Gestão Ambiental na Indústria Brasileira. Dezembro 2004.
Postado por Instituto 5 de Junho às 20:22 0 comentários
Marcadores: Ações, Sustentabilidade
Simpósio Sobre Recuperação de Áreas Degradadas e a Importância das Matas Ciliares
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Por: Carlos S. Rodrigues (Instituto 5 de Junho)
Historicamente sabemos que a ocupação dos espaços no território nacional caracterizou-se pela inexistência de planejamento, com conseqüente destruição de muitos recursos naturais. (...) A falsa idéia de que os recursos naturais eram inesgotáveis e que o desenvolvimento estava sempre associado à ampliação de fronteiras prevaleceu até o final dos anos 70 e 80 do século passado. Na época as próprias universidades ensinavam a melhor forma de desmatar (uso de correntões, trator de esteira, etc.), para promover a ampliação de áreas agricultáveis ou para pastagens. Os recursos hídricos, tão dependentes das formações ciliares, eram igualmente considerados inesgotáveis.
Assim, o processo de fragmentação florestal, mais intenso nas regiões economicamente mais desenvolvidas, resultou em um conjunto de problemas ambientais como a extinção de várias espécies da flora e fauna, associada às mudanças climáticas locais, ao desequilíbrio biológico, à erosão dos solos e ao assoreamento dos cursos d'água, entre outros.(...)
Assim começa a carta de apresentação do II Simpósio Regional de Atualização em Recuperação de Áreas Degradadas Com Ênfase em Matas Ciliares, do qual o Instituto 5 de Junho participou (subentenda-se aqui o uso de metonímia) durante a última semana de Outubro na Cidade de Mogi Guaçu, SP.
A iniciativa do Instituto de Botânica de São Paulo e da Faculdade Municipal Professor Franco Montoro (FMPFM), de organizarem um evento científico destinado a reunir a comunidade científica e acadêmica que atua nesta área evidencia a importância atual do tema não só para os profissionais da área ambiental mas também, e principalmente, para a população como um todo.
Durante o evento foram abordados temas como a importância da diversidade de espécies vegetais em processos de restauração ambiental, da pesquisa com sementes florestais nativas, da utilização de parâmetros de quantificação e monitoramento de biomassa, de reflorestamentos compensatórios, de interações solo–planta, da fauna para processos de recuperação de áreas degradadas, da adequação ambiental de propriedades agrícolas, e de vários outros pontos que podem parecer um emaranhado de termos sem sentido, mas que as pessoas que conhecem um pouco desta área sabem ser de suma importância para o desenvolvimento de projetos e políticas públicas relacionadas à área ambiental. Isto tudo além, claro, das conversas de bastidores que são sempre produtivas, além de proporcionar contato com pessoas interessantes de todo o país (e aqui não posso deixar de citar a Edilane e o Dilton, de Santa Catarina, a Luciana, de São Paulo, Natacha, da Bahia, a Tanea, do Rio Grande do Sul, e todos os demais que, espero, hão de perdoar minha incapacidade de guardar nomes... todos ótimas companhias!).
Mas por que, afinal, pessoas de várias partes do Brasil viajam –às vezes dias– para se reunir em uma cidade e discutir sobre recuperação de matas ciliares? Qual a importância destas matas para o ambiente e para os animais (inclusive nós)?
Comunidades biológicas, ou seja, o Cerrado, aquela mata perto da sua casa –pra quem ainda tem o privilégio– ou aquele rio em que você pesca desde criança, normalmente levaram de milhares a milhões de anos até chegarem ao estado em que você conhece hoje. Com isso, quero dizer que na natureza as grandes mudanças normalmente acontecem em períodos muito longos. A grande questão que gerou toda esta preocupação atual com as florestas e os oceanos e os bichinhos bonitinhos e coloridos que vivem pelo mundo é que as ações da espécie humana (nós!) estão causando mudanças na natureza a uma velocidade muitas, mas muitas vezes superior ao que aconteceria naturalmente. E isto é ruim para a natureza? Sim! Mas é pior ainda para nós, seres humanos!
Um rio, por exemplo, que surgiu há 200 mil anos atrás e que normalmente só iria desaparecer naturalmente daqui a outros 50 ou 100 mil anos, pode, por causa de ações humanas secar em 100 anos, e daí seus filhos –tá, seus netos– não vão mais poder pescar lá. Bobagem! Como é que um rio seca em 100 anos?! E é aqui que volto no nosso assunto das matas ciliares. Por que proteger estas matas? Além do fato das margens de todos os rios serem protegidas por lei como APPs (Áreas de Proteção Permanente) e, portanto, poderem gerar uma multa enorme pra quem não as preserva, e um gasto ainda maior para a sua recuperação posterior, a vegetação (as matas) nas bordas dos rios funciona como um filtro natural, retendo defensivos agrícolas, poluentes e sedimentos. Literalmente um filtro que impede que a água seja contaminada e o leito do rio seja entupido coberto pelos materiais carregados pelas chuvas.
Além disto, com a diminuição constante da quantidade e tamanho das áreas naturais preservadas, as matas ciliares se tornam ainda mais importantes pois, como são protegidas por lei, teoricamente não poderiam ser destruídas e funcionariam como corredores ecológicos para ligar áreas distantes, fazendo com que estas áreas tenham uma chance maior de durar mais tempo. Metaforicamente, se você pensar nas áreas preservadas como cidades onde vivem vários tipos de pessoas, então as matas ciliares seriam as estradas que permitem que estas pessoas possam ir de uma cidade a outra. Assim, não vão precisar se matar quando a cidade ficar cheia demais e não tiver mais comida pra todos por exemplo. Assim acontece na natureza, e as matas ciliares permitem que os bichos e plantas, fungos, bactérias, duendes e gnomos que vivem em um local possam migrar para outro e assim conseguimos manter uma quantidade maior de árvores, passarinhos coloridos, borboletas, aranhas, cobras, escorpiões, sapos e outros tantos que podem não parecer tão importantes mas que tem papéis fundamentais para a dinâmica ambiental.
Por tudo isto é que pessoas interessadas em discutir as melhores formas para preservar e recuperar estas áreas se dão ao trabalho de saírem de suas cidades, com a expectativa de contribuir de forma relevante para a mudança deste quadro ainda tão preocupante em nosso país.
E para provar que não ficou tudo na expectativa, vou disponibilizar aqui a Carta de Mogi Guaçu, elaborada durante o simpósio e discutida e aprovada por todos os participantes ao final do evento (eu inclusive palpitei em alguns pontos, com todo meu vaaasto conhecimento e experiência na área!), que foi entregue à Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo recomendando ações referentes ao problema. Para aqueles que se interessam pela área, recomendo que leiam. Quem sabe o próximo encontro não seja na sua cidade?!
Postado por Instituto 5 de Junho às 06:02 0 comentários
Marcadores: Ações, Cursos, Sustentabilidade
Carta aos leitores do blog
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
O blog do Instituto 5 de Junho sofreu algumas reformulações conceituais, que serão visíveis aos leitores a partir da próxima semana. Não se trata de nenhuma revolução dos pilares do conhecimento do mundo como o conhecemos -na verdade tratam-se de alterações sutis-, mas esperamos que reflitam em melhorias para o blog e para os leitores, que é o mais importante afinal. Esperamos, então, que todos apreciem as mudanças e continuem acompanhando nosso blog. Ah! Não deixem de enviar seus comentários e ajudem a divulgar o blog também :)
O site do Instituto 5 de Junho também está sofrendo ( ! ) algumas alterações e a partir da próxima semana estará com a lista de congressos ligados à área ambiental totalmente atualizada. Não deixem de conferir e divulgar!
P.S.: Espero ter tempo pra fazer a imagem de cabeçalho do blog também... (Carlos)
Até o próximo post.
Postado por Instituto 5 de Junho às 15:33 1 comentários
Minc quer livro sobre espécies da fauna ameaçadas de extinção nas escolas
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Postado por Instituto 5 de Junho às 20:20 0 comentários
Marcadores: Ações, Espécies em extinção
Temperatura influencia no capitalismo
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Segundo Altvater, "o fenômeno é tão terrível quanto a questão econômica e ninguém está dando atenção", completa. Altvater esteve no Rio para uma série de palestras. Não que a crise não seja preocupante. Mas o professor de ciência política da Universidade Livre de Berlim e autor do livro O fim do capitalismo como nós o conhecemos, lançado em 2006, ainda sem edição no Brasil, defende que os governos e a sociedade tenham a mesma atenção com a crise climática.
Altvater prega uma mudança radical na produção econômica e no estilo de vida moderno para reverter o aquecimento global. "Não há dúvida que precisamos nos adaptar rápido a um novo tipo de vida. O mundo vive dois dramas: a crise financeira e a crise climática. As duas estão interligadas", defende Altvater, um estudioso das relações entre economia e ecologia.
Postado por Instituto 5 de Junho às 09:40 0 comentários
Projeto busca plantas à prova de mudanças climáticas
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Coordenado pela organização Global Crop Diversity Trust, o projeto de US$ 1,5 milhão está realizando buscas em bancos nacionais de sementes para encontrar variedades "à prova do clima" de vários produtos, entre eles milho e arroz.
A equipe busca sementes que sejam resistentes a eventos extremos, como enchentes, secas ou mudanças constantes de temperatura.
Os pesquisadores esperam que essas variedades ajudem a proteger a produção de alimentos do impacto das mudanças climáticas.
Segundo a Global Crop Diversity Trust, a falta de material preciso e disponível prejudica os esforços de produtores para identificar o que pode ser usado para desenvolver variedades que possam resistir a condições futuras.
"Nossas plantações devem produzir mais alimento, na mesma quantidade de terra e com menos água", disse o diretor organização, Cary Fowler.
"Não há um cenário possível no qual nós possamos continuar a produzir os alimentos que precisamos sem diversidade", afirmou.
Acesso aberto - O projeto representa o mais recente estágio de um plano mais amplo da organização para conservar a variedade de plantas produzidas ao redor do mundo.
Nos últimos anos, a organização realizou uma série de encontros com especialistas na produção de alimentos básicos como trigo, arroz, lentilha e milho, com o objetivo de identificar a melhor estratégia de conservação para cada produto.
"Esses especialistas nos ajudaram a identificar quais são as mais importantes coleções de sementes em termos de diversidade genética", disse Fowler à BBC.
A informação ajudou a organização a estabelecer quais características são necessárias para que as espécies tenham as melhores chances de sobreviver no futuro.
Fowler disse que um exemplo é quando uma planta mostra um bom nível de resistência ao calor durante o período de florescimento - um estágio no qual a planta passa por mais estresse -, mas para o qual havia pouca informação.
Banco de dados - Nos próximos 24 meses, os pesquisadores esperam construir um perfil completo das várias características "resistentes ao clima" e em quais plantas elas podem ser encontradas.
"Depois disso, teremos de usar as variedades que têm essas características em programas de produção", afirmou Fowler.
Ele disse que os dados estarão disponíveis para todos - organizações públicas e privadas - em um banco de dados online.
"Os produtores poderão acessar esse banco de dados e colocar o critério de busca, daí eles receberão os detalhes de amostras que batem com as suas exigências, como resistência à seca e ao calor", afirmou.
Desenvolver plantas que produzirão mais alimentos e poderão lidar melhor com as mudanças climáticas é um caminho também seguido pelo setor de biotecnologia e grupos a favor da produção de alimentos modificados geneticamente.
Questionado sobre a possibilidade de o projeto ser usado por esses grupos, Fowler afirmou que ninguém sabe exatamente o que será necessário em 100 ou 500 anos em termos de produção agrícola e que a melhor alternativa agora é manter todas as opções possíveis.
Postado por Instituto 5 de Junho às 16:48 0 comentários
Marcadores: Ações
Brasil apresenta crescimento de 12,5% na destinação de embalagens vazias de agrotóxicos
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
De acordo com os dados divulgados pelo inpEV (instituto que representa a indústria fabricante), os Estados que mais encaminharam embalagens vazias para o destino final de janeiro a setembro deste ano foram Mato Grosso (4,3 mil t), Paraná (3,3 mil t) e São Paulo (2,4 mil t). Já os que apresentaram maior crescimento percentual nos primeiros nove meses de 2008 em comparação ao mesmo período do ano passado, foram Goiás (67,1%), Alagoas (61,5%) e Maranhão (42,3%).
Os índices positivos do programa de destinação final brasileiro são resultado de ações conjuntas que envolvem agricultores, indústria fabricante – representada pelo inpEV –, canais de distribuição, cooperativas e poder público.
Veja abaixo os Estados que mais se destacaram na destinação de embalagens vazias nos primeiros oito meses do ano:
Sobre o inpEV
O inpEV – Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias – é uma entidade sem fins lucrativos que representa a indústria fabricante de defensivos agrícolas em sua responsabilidade de destinar as embalagens vazias de seus produtos de acordo com a Lei Federal nº 9.974/2000 e o Decreto Federal nº 4.074/2002. A lei atribui a cada elo da cadeia produtiva agrícola (agricultores, fabricantes, canais de distribuição e poder público) responsabilidades que possibilitam o funcionamento do Sistema de Destinação de Embalagens Vazias.
O instituto foi fundado em 14 de dezembro de 2001 e entrou em funcionamento em março de 2002. Atualmente, possui 75 empresas e sete entidades de classe do setor agrícola como associadas.
Postado por Instituto 5 de Junho às 01:51 1 comentários
Marcadores: Ações, Sustentabilidade
Projeto ameaça 70% das grutas do país
domingo, 26 de outubro de 2008
A minuta, enviada na semana passada para a Casa Civil, autoriza, na prática, que cavernas que não sejam de "máxima prioridade" sofram "impactos negativos irreversíveis".
Isso significa que cavernas que estejam em outros três novos critérios poderão ser alteradas. Grutas com "alta relevância", por exemplo, poderão ser destruídas desde que o empreendedor se comprometa a preservar duas similares.
Para formações com "média relevância", o projeto prevê a destruição desde que o responsável pela obra financie ações que contribuam para a "conservação e o uso adequado do patrimônio espeleológico brasileiro" --sem especificar quais.
Já cavernas com "baixo grau de relevância" poderão ser impactadas sem contrapartidas. O Ministério do Meio Ambiente terá 60 dias para elaborar os critérios de relevância a partir da aprovação.
O Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração) diz que o novo decreto trará avanços. "Essa indefinição, que dura anos, afastou investimentos estrangeiros do país", afirma o presidente do instituto, Paulo Camillo.
"Há cavernas belíssimas que, claro, precisam ser preservadas. Mas é preciso criar um sistema para valorar o grau de importância dessas cavernas, porque muitas são inúteis", diz Rinaldo Mancin, diretor de assuntos ambientais do Ibram.
Segundo o Cecav (Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas), do Instituto Chico Mendes, a maior parte das cavernas mapeadas no Brasil foi descoberta na última década. O Cecav e a SBE (Sociedade Brasileira de Espeleologia) estimam que 70% das cavernas possam ser destruídas com a nova lei.
Somente na região de Carajás, no Pará, onde atua a Vale, pesquisadores patrocinados pela própria companhia descobriram mais de mil cavernas que, segundo a empresa, impedem a exploração mineral.
A instalação de uma hidrelétrica pelo grupo Votorantim no vale do Tijuco Alto, em São Paulo, também enfrenta restrições devido a duas grutas localizadas na área a ser alagada, 450 dolinas (depressões em terrenos calcários) e outras 52 grutas e abismos na área de influência direta do projeto.
Para o secretário-executivo da SBE, Marcelo Rasteiro, o projeto, como foi apresentado, é "nefasto". Ele diz que a importância das cavernas não pode ser medida facilmente.
Livro para o passado
"Essas cavernas guardam registros do passado, trazem informações nos campos paleontológico, arqueológico, biológico e geológico. Cada uma é como um livro. A partir de alguns estudos, por exemplo, foi possível descobrir se chovia mais ou menos na região em determinado período. Isso é uma chave para entender questões como o aquecimento global."
Rasteiro diz ainda que a análise sobre a importância de cavernas deverá ser feita por consultores ambientais pagos pelas empresas, o que pode gerar pressão para laudos favoráveis ao interesse econômico. "Não há nenhum indício de que as cavernas estejam atrapalhando qualquer setor da economia brasileira. O setor mineral tem aumentado sua produção a cada ano."
Segundo Rita de Cássia Surrage, do Cecav, o órgão participou dos estudos com os ministérios do Meio Ambiente e Minas e Energia nos últimos dois anos, mas suas sugestões foram ignoradas no projeto final.
"Eles querem algo fácil de fazer. Dizem que nossas sugestões eram complexas. Mas não dá para entrar em uma caverna, sair e avaliar na hora. Estudos são necessários. Vai acabar na mão dos Estados a decisão de definir quais vão poder ser impactadas, sem critério algum."
Licenciamento
A Votorantim diz que na construção da hidrelétrica no interior de SP as grutas que serão submersas são "pequenas e pouco expressivas".
Já a Vale afirma que não revela seu estudo sobre cavernas em razão de "questões estratégicas" e nem comenta a possibilidade de destruição.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o que importa é que as cavernas realmente importantes sejam "conservadas e valorizadas". "Tudo está sendo discutido. Essa nova norma não significa que tudo será destruído", diz a secretária de Biodiversidades e Florestas, Maria Cecília Wey de Brito.
Fonte: Folha Online
Postado por Instituto 5 de Junho às 21:56 1 comentários
Captura de CO2 pode ajudar a tornar aquecimento suportável
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Postado por Instituto 5 de Junho às 17:52 0 comentários
Marcadores: Ações, Poluição, Sustentabilidade, Tecnologia
Carro elétrico é alvo de estudo nas concessionárias de energia
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
A Itaipu Binacional mantém uma pequena linha de montagem na usina de Foz do Iguaçu (PR) onde foram transformados para o sistema elétrico, até agora, 15 automóveis cedidos pela Fiat. A CPFL montou em sua sede em Campinas (SP) um posto para abastecer carros e motocicletas que estão sendo testados pela companhia.
Nos últimos dois anos, a CPFL investiu US$ 1 milhão em um projeto piloto de veículos elétricos. Os estudos são feitos com o Instituto Nacional de Eficiência Energética (Inee) e a Unicamp. "Buscamos apoio de montadoras, mas nenhuma se interessou", diz Paulo Cezar Tavares, vice-presidente de gestão de energia da empresa.
A CPFL testa um modelo Palio montado pela Itaipu e já comprovou a economia. "O custo para rodar 110 quilômetros é de R$ 8, enquanto o mesmo percurso com gasolina custa em média R$ 21", diz Tavares. O problema, porém, é a baixa autonomia. O plug do carro precisa ficar 8 horas na tomada para rodar entre 100 e 110 quilômetros, praticamente a distância entre Campinas e São Paulo. O custo do veículo é outra barreira, em média o dobro de um carro normal.
Outro problema, adianta Tavares, é o tipo de bateria utilizado, de níquel e metal. "Não é muito competitiva", diz. O ideal seria um novo produto com baterias similares às usadas em telefone celular, de lítio e íon. "Estamos buscando fabricantes para viabilizar uma frota com esse tipo de bateria, mais confiável."
Tavares reconhece que ainda há muitos obstáculos para o desenvolvimento de um carro elétrico comercial, a preços competitivos. Por isso, a CPFL decidiu, neste momento, concentrar esforços na motocicleta elétrica, mais acessível e com projetos mais avançados. Na semana passada, a companhia recebeu duas motos importadas de uma fabricante chinesa.
Se o produto for aprovado e se mostrar viável para o mercado brasileiro, a própria CPFL pretende importar lotes grandes do veículo e revendê-lo aos consumidores para pagamento em prestações mensais de R$ 100 a R$ 120. O custo médio de um protótipo hoje é de R$ 4 mil. A Unicamp deverá iniciar, em breve, uma pesquisa junto aos universitários - público alvo inicial das motos elétricas - para detectar o interesse no produto e avaliar o tamanho do mercado.
Pequenas cargas
Itaipu conta com parceria da montadora Fiat, que cedeu carros e instalou a linha de montagem dentro da hidrelétrica. Os 15 veículos adaptados para uso de energia nas versões Palio e Weekend estão sendo testados por várias empresas, como Eletrobrás e Coppel. Os Correios também utilizarão veículos de teste em breve.
A concessionária trabalha para conseguir um veículo que tenha autonomia para rodar pelo menos 450 quilômetros com uma carga de 15 minutos de energia. Todos os componentes usados no veículo são importados e há estudos para uma nacionalização gradativa. Só a bateria reciclável pesa 160 quilos, impondo outro desafio de reduzir esse peso.
Celso Novais, coordenador geral do projeto veículo elétrico da Itaipu, conta que o projeto mais avançado hoje é o de veículos para pequenas cargas e miniônibus, numa parceria com a Iveco (do grupo Fiat) e a fornecedora de carrocerias Mascarello. Só para esse projeto estão previstos gastos de mais US$ 750 mil. Pequenos veículos de transporte como empilhadeiras e carrinhos de campo de golfe já utilizam a tecnologia no País, desenvolvida por diferentes empresas.
Fonte: O Tempo Online
Postado por Instituto 5 de Junho às 11:40 1 comentários
Marcadores: Ações, Energia, Sustentabilidade, Tecnologia
Governo lança campanha de preservação de animais silvestres
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) afirmou que a campanha ganhará novas vertentes até o ano vem.
Segundo ele, a idéia é "pegar redes de traficantes". Tanto é que no começo de 2009 será lançada uma campanha em parceria com as organizações não-governamentais estrangeiras para tentar conter a ação dos consumidores de fora do Brasil --que consomem essas espécies que são protegidas pela legislação brasileira.
Minc disse ainda que será lançado também o livro que trata dos animais que estão extinção no país. De acordo com o ministro, o número de animais ameaçados aumenta cada vez mais. Segundo ele, será feita uma campanha informativa sobre o comércio ilegal de animais. "A gente não quer trocar a gaiola do traficante pela gaiola do Ibama", afirmou Minc.
O diretor de Uso Sustentável de Biodiversidades e Florestas do Ibama, Antônio Carlos Hummel, disse que a maior parte do comércio ilegal de animais silvestres envolve traficantes brasileiros. "É fundamental também a intensificação das campanhas de fiscalização", disse ele.
O coordenador de Gestão e Uso de Espécies do Ibama, João Pessoa Moreira, afirmou que o projeto "Escola é o Bicho" vai centralizar a atenção nos estudantes que têm de 10 a 12 anos. A idéia é atingir 20 escolas até o final do ano. Inicialmente, será um projeto-piloto.
A campanha nas escolas começa no Distrito Federal, em 20 colégios, depois deverá ser implantada em outros Estados. Nas escolas serão capacitados agentes sociais que vão se transformar em multiplicadores. Para divulgação da campanha serão utilizados historinhas em quadrinhos, cartazes, folders e adesivos.
Postado por Instituto 5 de Junho às 23:59 0 comentários
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