Escritório sustentável

sábado, 21 de março de 2009

por: Carlos Henrique Klein


Muitas pessoas passam grande parte de seus dias dentro de escritórios e repartições, trabalhando sentadas, paradas e rodeadas de atividades e barulhos estressantes. O ritmo é acelerado e a rotina é, muitas das vezes repetitiva. A montagem deste cenário geralmente apresenta um padrão, onde são repetidas algumas ferramentas de trabalho, como por exemplo:
  1. Uma mesa (logicamente com cadeiras);
  2. Um telefone fixo;
  3. Um celular;
  4. Micro computador ou notebook;
  5. Impressora(s);
  6. Porta documentos;
  7. Blocos para rascunho;
  8. Canetas;
  9. Lixeira ao pé da mesa.

Existem, claro, variações nessa configuração, mas basicamente esse padrão é respeitado como numa rígida tabela de costumes. Completando a lista de itens de trabalho, alguns equipamentos também são bastante comuns como ar condicionado, ventiladores, lâmpadas fluorescentes, bebedouros, impressoras seriais, arquivos...

A rotina do escritório envolve uma infinidade de documentos, assinaturas e impressões e nesse turbilhão de atividades é notável uma infinidade de desperdícios de papeis, o uso irracional da eletricidade e a produção exagerada de lixo. Isso tudo sem comentar sobre a falta de preocupação com a saúde individual, prejudicada pelas posturas erradas, trabalhos repetitivos, estresse pela pressão profissional ou barulho.

Refletindo sobre o assunto e enfocando a visão ambiental, podemos facilmente chegar à conclusão que um escritório é uma grande máquina geradora de desperdícios, e o desperdício é o pai da insustentabilidade. É só observar, usa-se papel para tudo, coisas desnecessárias ou não; abusa-se das impressões; das cópias; dos rascunhos... se olharmos o consumo de energia, poluição sonora, produção de lixo e outros, vamos passar a encarar a rotina de escritório como uma das mais nocivas atividades individuais diárias que possuimos.


Destacando alguns pontos do cotidiano, desde a saída de casa até o final do expediente do funcionário de escritório, vamos citar algumas medidas que amenizam os impactos negativos de algo tão corriqueiro como o dia de trabalho:


  • Transporte: o número de carros em circulação é um problemão nas grandes cidades; pode-se amenizar essa condição com o costume de carona, dividindo os custos de viagem com companheiros de trabalho ou vizinhos, lotando um carro com cinco pessoas, ao invés de lançar cinco carros nas ruas; usar transporte público pelo menos uma ou duas vezes na semana; ou ir a pé (ou de bicicleta) ao trabalho; calcula-se que um automóvel médio lança 430 gramas de CO2 na atmosfera por quilômetro rodado.

  • Papel: nem é preciso repetir sobre os desperdícios; deve-se evitar os gastos desnecessários; ler mais na tela do computador; utilizar os dois lados do papel nas impressões; utilizar modo rascunho; comprar papel reciclado; revisar os textos antes de imprimí-los; encaminhar os papeis que vão para o lixo para reciclagem; cada tonelada de papel que é reciclado poupa 30 árvores de serem cortadas, economiza 98% de água e 80% energia de produção do papel.

  • Energia elétrica: evitar acender luzes em ambientes desocupados; programar os computadores para modo de economia de energia; desligar o monitor (responsável por 80% do consumo do PC) ao sair; favorecer a circulação natural de ar no ambiente de trabalho; favorecer a iluminação natural.

  • outras medidas: reutilizar materiais; fazer coleta seletiva; evitar fazer ruídos e sons desnecessários no ambiente de trabalho.

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