Brasil apresenta crescimento de 12,5% na destinação de embalagens vazias de agrotóxicos

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Os agricultores brasileiros se mantêm na liderança no ranking dos mais conscientes do mundo, quando o assunto é a devolução das embalagens vazias de defensivos agrícolas. Fruto dessa conscientização, de janeiro a setembro deste ano, seguiram para o destino ambientalmente correto (reciclagem ou incineração) 19 mil toneladas de embalagens vazias, volume que representa um aumento de 12,5% em relação ao total processado nos primeiros nove meses de 2007 (16,9 mil toneladas). Apenas em setembro deste ano, foram destinadas 2,2 mil toneladas.
De acordo com os dados divulgados pelo
inpEV (instituto que representa a indústria fabricante), os Estados que mais encaminharam embalagens vazias para o destino final de janeiro a setembro deste ano foram Mato Grosso (4,3 mil t), Paraná (3,3 mil t) e São Paulo (2,4 mil t). Já os que apresentaram maior crescimento percentual nos primeiros nove meses de 2008 em comparação ao mesmo período do ano passado, foram Goiás (67,1%), Alagoas (61,5%) e Maranhão (42,3%).
Os índices positivos do programa de destinação final brasileiro são resultado de ações conjuntas que envolvem agricultores, indústria fabricante – representada pelo inpEV –, canais de distribuição, cooperativas e poder público.
Veja abaixo os Estados que mais se destacaram na destinação de embalagens vazias nos primeiros oito meses do ano:




Sobre o inpEV

O inpEV – Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias – é uma entidade sem fins lucrativos que representa a indústria fabricante de defensivos agrícolas em sua responsabilidade de destinar as embalagens vazias de seus produtos de acordo com a Lei Federal nº 9.974/2000 e o Decreto Federal nº 4.074/2002. A lei atribui a cada elo da cadeia produtiva agrícola (agricultores, fabricantes, canais de distribuição e poder público) responsabilidades que possibilitam o funcionamento do Sistema de Destinação de Embalagens Vazias.

O instituto foi fundado em 14 de dezembro de 2001 e entrou em funcionamento em março de 2002. Atualmente, possui 75 empresas e sete entidades de classe do setor agrícola como associadas.




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Projeto ameaça 70% das grutas do país

domingo, 26 de outubro de 2008

Cerca de 70% das cavernas do Brasil correm o risco de destruição. Hoje, as 7.300 já identificadas são protegidas por um decreto assinado em 1990. Nos próximos dias, o governo federal deve alterar a norma, após dois anos de pressão de empresas, sobretudo mineradoras e hidrelétricas, que vêem nas grutas um empecilho à expansão de seus empreendimentos.

A minuta, enviada na semana passada para a Casa Civil, autoriza, na prática, que cavernas que não sejam de "máxima prioridade" sofram "impactos negativos irreversíveis".

Isso significa que cavernas que estejam em outros três novos critérios poderão ser alteradas. Grutas com "alta relevância", por exemplo, poderão ser destruídas desde que o empreendedor se comprometa a preservar duas similares.

Para formações com "média relevância", o projeto prevê a destruição desde que o responsável pela obra financie ações que contribuam para a "conservação e o uso adequado do patrimônio espeleológico brasileiro" --sem especificar quais.

Já cavernas com "baixo grau de relevância" poderão ser impactadas sem contrapartidas. O Ministério do Meio Ambiente terá 60 dias para elaborar os critérios de relevância a partir da aprovação.

O Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração) diz que o novo decreto trará avanços. "Essa indefinição, que dura anos, afastou investimentos estrangeiros do país", afirma o presidente do instituto, Paulo Camillo.

"Há cavernas belíssimas que, claro, precisam ser preservadas. Mas é preciso criar um sistema para valorar o grau de importância dessas cavernas, porque muitas são inúteis", diz Rinaldo Mancin, diretor de assuntos ambientais do Ibram.

Segundo o Cecav (Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas), do Instituto Chico Mendes, a maior parte das cavernas mapeadas no Brasil foi descoberta na última década. O Cecav e a SBE (Sociedade Brasileira de Espeleologia) estimam que 70% das cavernas possam ser destruídas com a nova lei.

Somente na região de Carajás, no Pará, onde atua a Vale, pesquisadores patrocinados pela própria companhia descobriram mais de mil cavernas que, segundo a empresa, impedem a exploração mineral.

A instalação de uma hidrelétrica pelo grupo Votorantim no vale do Tijuco Alto, em São Paulo, também enfrenta restrições devido a duas grutas localizadas na área a ser alagada, 450 dolinas (depressões em terrenos calcários) e outras 52 grutas e abismos na área de influência direta do projeto.

Para o secretário-executivo da SBE, Marcelo Rasteiro, o projeto, como foi apresentado, é "nefasto". Ele diz que a importância das cavernas não pode ser medida facilmente.


Livro para o passado

"Essas cavernas guardam registros do passado, trazem informações nos campos paleontológico, arqueológico, biológico e geológico. Cada uma é como um livro. A partir de alguns estudos, por exemplo, foi possível descobrir se chovia mais ou menos na região em determinado período. Isso é uma chave para entender questões como o aquecimento global."

Rasteiro diz ainda que a análise sobre a importância de cavernas deverá ser feita por consultores ambientais pagos pelas empresas, o que pode gerar pressão para laudos favoráveis ao interesse econômico. "Não há nenhum indício de que as cavernas estejam atrapalhando qualquer setor da economia brasileira. O setor mineral tem aumentado sua produção a cada ano."

Segundo Rita de Cássia Surrage, do Cecav, o órgão participou dos estudos com os ministérios do Meio Ambiente e Minas e Energia nos últimos dois anos, mas suas sugestões foram ignoradas no projeto final.

"Eles querem algo fácil de fazer. Dizem que nossas sugestões eram complexas. Mas não dá para entrar em uma caverna, sair e avaliar na hora. Estudos são necessários. Vai acabar na mão dos Estados a decisão de definir quais vão poder ser impactadas, sem critério algum."


Licenciamento

A Votorantim diz que na construção da hidrelétrica no interior de SP as grutas que serão submersas são "pequenas e pouco expressivas".

Já a Vale afirma que não revela seu estudo sobre cavernas em razão de "questões estratégicas" e nem comenta a possibilidade de destruição.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o que importa é que as cavernas realmente importantes sejam "conservadas e valorizadas". "Tudo está sendo discutido. Essa nova norma não significa que tudo será destruído", diz a secretária de Biodiversidades e Florestas, Maria Cecília Wey de Brito.

Fonte: Folha Online

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Captura de CO2 pode ajudar a tornar aquecimento suportável

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A captura com armazenamento de dióxido de carbono (CO2) poderia fornecer 20% das medidas necessárias para reduzir as emissões até 2050 e tornar a mudança climática suportável para a humanidade, segundo a Agência Internacional da Energia (AIE).

"A captura e armazenamento de CO2 é uma das soluções mais promissoras" para cumprir os objetivos pactuados pela comunidade científica para que o aquecimento global seja inferior a 3 graus centígrados em meados do século XXI, destacou o diretor-executivo da AIE, Nobuo Tanaka, em entrevista coletiva.


Na apresentação de um relatório sobre esta tecnologia, Tanaka disse que se as atuais políticas energéticas fossem mantidas inalteradas, as emissões mundiais aumentariam 130% em 2050, nível "insustentável" porque o aquecimento global se situaria então entre 4 e 7 graus centígrados.


O Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, em inglês) considera que para que a mudança climática seja suportável (menos de 3 graus), é preciso diminuir as emissões em 50%, e este é o cenário ideal segundo seu estudo.

Os autores do relatório da AIE calculam que o custo de tratar uma tonelada de CO2 teria preço médio de US$ 50 nas centrais térmicas, e caso a meta do IPCC seja cumprida, o custo global seria de US$ 500 bilhões anuais em meados do século.


Caso não haja captura e armazenamento de CO2, o custo anual para diminuir em 50% as emissões até 2050 seria de US$ 1,28 trilhão, por isso esta tecnologia "oferece uma solução viável e competitiva", de acordo com as conclusões.


Tanaka destacou a necessidade de cumprir a meta fixada pelo Grupo dos Oito (G8, sete países mais industrializados e a Rússia) este ano de dispor até 2010 de 20 projetos de demonstração deste dispositivo para poder garantir um desenvolvimento comercial no mundo todo até 2020. Para cobrir essa fase de demonstração, faltarão US$ 20 bilhões.A tecnologia de captura e armazenamento de CO2 consiste em recuperar as emissões deste gás principalmente em centrais térmicas, e transportá-lo, principalmente por gasodutos, a antigas jazidas subterrâneas de hidrocarbonetos exploradas.


Segundo a AIE, há espaços disponíveis no mundo inteiro que permitiriam acumular as emissões produzidas pelas atividades humanas durante centenas de anos.


Em uma central térmica a carvão, o rendimento energético se situa entre 45% e 48%, e a instalação de um dispositivo de captura de CO2 emitido (que pode recuperar mais de 90%), reduziria esse rendimento em 10%, segundo os especialistas da AIE.


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Carro elétrico é alvo de estudo nas concessionárias de energia

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Enquanto nos Estados Unidos, Europa e Japão as montadoras disputam uma corrida para ver quem lança primeiro um carro elétrico em escala comercial, no Brasil o tema não está na pauta da indústria automobilística. Mas, nem por isso, a tecnologia foi deixada de escanteio. Sem alarde, concessionárias de energia tomaram para si o projeto de carros que possam ser abastecidos na tomada, não emitem poluição e são silenciosos.

A Itaipu Binacional mantém uma pequena linha de montagem na usina de Foz do Iguaçu (PR) onde foram transformados para o sistema elétrico, até agora, 15 automóveis cedidos pela Fiat. A CPFL montou em sua sede em Campinas (SP) um posto para abastecer carros e motocicletas que estão sendo testados pela companhia.


Nos últimos dois anos, a CPFL investiu US$ 1 milhão em um projeto piloto de veículos elétricos. Os estudos são feitos com o Instituto Nacional de Eficiência Energética (Inee) e a Unicamp. "Buscamos apoio de montadoras, mas nenhuma se interessou", diz Paulo Cezar Tavares, vice-presidente de gestão de energia da empresa.


A CPFL testa um modelo Palio montado pela Itaipu e já comprovou a economia. "O custo para rodar 110 quilômetros é de R$ 8, enquanto o mesmo percurso com gasolina custa em média R$ 21", diz Tavares. O problema, porém, é a baixa autonomia. O plug do carro precisa ficar 8 horas na tomada para rodar entre 100 e 110 quilômetros, praticamente a distância entre Campinas e São Paulo. O custo do veículo é outra barreira, em média o dobro de um carro normal.


Outro problema, adianta Tavares, é o tipo de bateria utilizado, de níquel e metal. "Não é muito competitiva", diz. O ideal seria um novo produto com baterias similares às usadas em telefone celular, de lítio e íon. "Estamos buscando fabricantes para viabilizar uma frota com esse tipo de bateria, mais confiável."

Tavares reconhece que ainda há muitos obstáculos para o desenvolvimento de um carro elétrico comercial, a preços competitivos. Por isso, a CPFL decidiu, neste momento, concentrar esforços na motocicleta elétrica, mais acessível e com projetos mais avançados. Na semana passada, a companhia recebeu duas motos importadas de uma fabricante chinesa.


Se o produto for aprovado e se mostrar viável para o mercado brasileiro, a própria CPFL pretende importar lotes grandes do veículo e revendê-lo aos consumidores para pagamento em prestações mensais de R$ 100 a R$ 120. O custo médio de um protótipo hoje é de R$ 4 mil. A Unicamp deverá iniciar, em breve, uma pesquisa junto aos universitários - público alvo inicial das motos elétricas - para detectar o interesse no produto e avaliar o tamanho do mercado.



Pequenas cargas


Itaipu conta com parceria da montadora Fiat, que cedeu carros e instalou a linha de montagem dentro da hidrelétrica. Os 15 veículos adaptados para uso de energia nas versões Palio e Weekend estão sendo testados por várias empresas, como Eletrobrás e Coppel. Os Correios também utilizarão veículos de teste em breve.


A concessionária trabalha para conseguir um veículo que tenha autonomia para rodar pelo menos 450 quilômetros com uma carga de 15 minutos de energia. Todos os componentes usados no veículo são importados e há estudos para uma nacionalização gradativa. Só a bateria reciclável pesa 160 quilos, impondo outro desafio de reduzir esse peso.


Celso Novais, coordenador geral do projeto veículo elétrico da Itaipu, conta que o projeto mais avançado hoje é o de veículos para pequenas cargas e miniônibus, numa parceria com a Iveco (do grupo Fiat) e a fornecedora de carrocerias Mascarello. Só para esse projeto estão previstos gastos de mais US$ 750 mil. Pequenos veículos de transporte como empilhadeiras e carrinhos de campo de golfe já utilizam a tecnologia no País, desenvolvida por diferentes empresas.


A hidrelétrica de Itaipu pretende, no futuro, ter toda sua frota movida a eletricidade. A idéia não é só para uso interno. "Queremos tornar o carro elétrico economicamente viável para o mercado", diz Novais. Itaipu não pretende fazer os veículos, mas dominar a tecnologia e viabilizar a produção pelas montadoras. "Não há dúvidas de que os automóveis do futuro serão elétricos", afirma Tavares. "Seremos questionados por nossos netos porque demoramos tanto a utilizá-los", conclui.

Fonte: O Tempo Online
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Governo lança campanha de preservação de animais silvestres

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Os Ministérios do Meio Ambiente e da Educação, além do Ibama lançaram nesta quinta-feira a campanha nacional de proteção à fauna. A idéia é garantir a ampliação da preservação dos animais silvestres em todo país, uma vez que cerca de 50 mil são apreendidos por ano no Brasil. Um dos destaques da campanha será a conscientização de estudantes de escolas públicas e privadas por meio do projeto "A Escola é Bicho".

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) afirmou que a campanha ganhará novas vertentes até o ano vem.

Segundo ele, a idéia é "pegar redes de traficantes". Tanto é que no começo de 2009 será lançada uma campanha em parceria com as organizações não-governamentais estrangeiras para tentar conter a ação dos consumidores de fora do Brasil --que consomem essas espécies que são protegidas pela legislação brasileira.

Minc disse ainda que será lançado também o livro que trata dos animais que estão extinção no país. De acordo com o ministro, o número de animais ameaçados aumenta cada vez mais. Segundo ele, será feita uma campanha informativa sobre o comércio ilegal de animais. "A gente não quer trocar a gaiola do traficante pela gaiola do Ibama", afirmou Minc.

O diretor de Uso Sustentável de Biodiversidades e Florestas do Ibama, Antônio Carlos Hummel, disse que a maior parte do comércio ilegal de animais silvestres envolve traficantes brasileiros. "É fundamental também a intensificação das campanhas de fiscalização", disse ele.

O coordenador de Gestão e Uso de Espécies do Ibama, João Pessoa Moreira, afirmou que o projeto "Escola é o Bicho" vai centralizar a atenção nos estudantes que têm de 10 a 12 anos. A idéia é atingir 20 escolas até o final do ano. Inicialmente, será um projeto-piloto.

A campanha nas escolas começa no Distrito Federal, em 20 colégios, depois deverá ser implantada em outros Estados. Nas escolas serão capacitados agentes sociais que vão se transformar em multiplicadores. Para divulgação da campanha serão utilizados historinhas em quadrinhos, cartazes, folders e adesivos.

Fonte: Folha Online
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Cientistas criam tijolo vegetal na Amazônia

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) criam um tijolo vegetal, produzido a partir de restos florestais da região. Tão resistente quanto o tradicional, oferece inúmeras vantagens no processo de produção e de construção. "Usa matéria que seria transformada em "lixo", não pressiona o desmatamento, pois não precisa de lenha pra ser queimado e, com isso, reduz as emissões de gases de efeito estufa, e não requer cimento para ser assentado", explica Jadir de Souza Rocha, pesquisador-titular do instituto na área de Recursos Florestais, com ênfase em inovação tecnológica.

De acordo com o pesquisador, é possível construir uma casa popular, em torno de 40 metros quadrados (cerca de 5 mil tijolos), em 8 horas. O projeto acaba de receber o prêmio Professor Samuel Benchimol 2008, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, concedido a iniciativas que visam o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

O tijolo vegetal é produzido com o ouriço da castanha do Brasil, a casca da castanha e os mesocarpos do coco e do Tucumã (um tipo de palmeira), que oferecem grande resistência mecânica. De acordo com o pesquisador do Inpa, há grande disponibilidade de matéria-prima na região. "No caso da castanha, por exemplo, há uma fazenda na estrada que liga Manaus a Itacoatiara com 1,5 milhão de pés de castanha. Dos materiais usados, só o tucumã não é totalmente desperdiçado. Parte da sua produção é usada na fabricação de jóias ", diz Rocha.


Solução inovadora

De acordo com Rocha, o custo maior é o de transporte do material. Os restos vegetais são triturados e aglutinados com resinas fenólicas (caso de prensagem quente) ou resinas de laminação e catalisadores (prensagem fria). Como não leva massa, o tijolo é assentado com base no sistema macho-fêmea.

O tijolo vegetal mostrou-se excelente isolante térmico e apresenta grande durabilidade em uma região de elevada temperatura e umidade. "Como não usa argila, tivemos um ganho adicional na área de saúde. Na produção tradicional, os oleiros, ao retirar a argila, deixam enormes buracos que acumulam água de chuva. Esses locais tornam-se nascedouros de mosquitos causadores de inúmeras doenças, como a dengue. O nosso processo elimina esse problema", diz Rocha.

Fonte:
Observatório de Políticas Públicas Ambientais da América Latina e Caribe
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Novos artigos científicos sobre o carste em arenitos no Brasil

Recentemente dois artigos foram publicados sobre o carste em arenitos no estado do Paraná. Estes dois artigos são complementares e abordam a questão da gênese do carste e sua associação (ou não) com os carbonatos subjacentes do Grupo Açungui. O primeiro artigo de Melo e Giannini (2007) sugere que a dissolução da caolinita que preenche os interstícios da rocha pode contribuir para a geração do carste siliciclástico. A referência do artigo é: Melo, MS; Giannini, PCF. 2007 Sandstone dissolution landforms in the Furnas Formation, southern Brazil. Earth Surface Processes and Landforms 32: 2149-2164.
O segundo artigo, Sallun Filho e Karmann (2007) aborda, além da Bacia do Paraná, também a região de Jardim (MS). Estes autores apresentam convincente argumentação sobre a influência das rochas carbonáticas subjacentes do Grupo Açungui no controle e gênese das famosas furnas da região. A referência do artigo é: Sallun Filho, W; Karmann, I. 2007. Dolinas em arenito da Bacia do Paraná: evidências de carste subjacente em Jardim (MS) e Ponta Grossa (PR). Revista Brasileira de Geociências 37: 551-564.

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Poluição causa alterações pulmonares em fetos, diz estudo

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A poluição atmosférica fomenta alterações pulmonares no feto humano, quando a mãe respira elevadas concentrações de partículas em suspensão, afirma um estudo suíço apresentado nesta terça-feira (7), em Berlim.

Até agora os cientistas afirmavam que a poluição só podia prejudicar os pulmões infantis em idade escolar. Entretanto, um cientista da Universidade de Berna, na Suíça, investigou a relação entre a poluição atmosférica e os problemas pulmonares no caso de 241 recém-nascidos.

Philipp Latzin analisou as proporções de ozônio, de dióxido de nitrogênio (NO2) e de partículas em suspensão (PM10) que as grávidas respiraram e levou em conta a proximidade da casa das futuras mães de grandes vias.

Finalmente, e durante as cinco semanas posteriores ao nascimento, mediu a capacidade pulmonar dos recém-nascidos. Ele chegou à conclusão de que os filhos daquelas mães que tinham respirado ar com elevadas concentrações de partículas em suspensão mostravam alterações respiratórias.

Os filhos de mulheres que vivem perto de estradas com muito tráfego respirariam mais rápido --48 vezes por minuto. O estudo conclui que os bebês cujas mães respiraram ar muito contaminado durante o último terço da gravidez sofriam mais infecções nas vias respiratórias que os outros.

Latzin suspeita que a poluição ataca os pulmões das mães, reduzindo a irrigação sangüínea que chega à placenta, onde acontece a troca de oxigênio e nutrientes entre a mãe e feto. Outra hipótese indica que as partículas em suspensão se misturam no sangue do bebê, alterando seu ritmo respiratório.

A terceira hipótese apresentada por Latzin para explicar os danos pulmonares seria uma alteração no metabolismo da mãe, que frearia o crescimento do feto e a formação do pulmão infantil.

De qualquer forma, os cientistas consideram que os resultados do estudo demonstram que é necessário reduzir os poluentes do ar, já que "a influência adiantada sobre as vias respiratórias levam a um aumento das doenças pulmonares e uma menor esperança de vida", afirma o relatório.

Fonte: Folha Online

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Extinção ameaça 1.200 espécies de aves, afirma relatório

Um relatório divulgado nesta quinta-feira (09) pela organização BirdLife International apontou que 1.200 espécies de aves estão ameaçadas de extinção, sendo 190 em situação crítica.

O documento, apresentado hoje no Congresso Mundial da Natureza, em Barcelona (Espanha), revela que, a apenas dois anos da data estipulada para frear o desaparecimento de aves, a velocidade da perda da diversidade "ainda está longe da desaceleração", o que faz prever que as metas previstas para 2010 não serão cumpridas.

A "lista vermelha" das aves, baseada no número e no estado das espécies ameaçadas, mostra que as aves "avançam mais rápido do que nunca" rumo à extinção e que os recursos disponíveis para sua conservação quase não aumentaram em dez anos, além de não serem suficientes.

Acredita-se que um total de 153 espécies de aves tenha sido extinta desde 1500, e que nos últimos 25 anos do século 20 cerca de 18 tenham se extinguido, enquanto outras três desapareceram desde 2000.

As aves marinhas e da Oceania são, em média, as mais ameaçadas, enquanto as asiáticas mostram uma queda acentuada por conta da destruição de suas florestas. De acordo com o documento, os principais causadores desta situação são a perda de florestas, a agricultura, a superexploração e o desenvolvimento das infra-estruturas, além da poluição.

Das quase 10 mil espécies de aves do mundo, 45% são utilizadas pelo ser humano e mais de um terço é domesticada, enquanto uma entre sete espécies acaba caçada para servir de alimento.

Apesar da situação crítica, 16 espécies de aves conseguiram fugir da extinção nos últimos anos, graças a campanhas de conservação, enquanto outras 18 foram classificadas em categorias de menor risco.

Fonte: Folha Online

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Se vai consumir, que seja com responsabilidade

O consumo é um pressuposto básico para a vida cotidiana, mas a forma exacerbada como vem sendo feito coloca em risco os processos de renovação dos recursos naturais. Por isso, a mudança de postura para um consumo consciente é urgente.

Tucano-do-bico-verde (Ramphastos dicolorus). Toda ação do dia-a-dia tem peso sobre o meio ambiente.

A pressão sobre o patrimônio natural começa a esgotar os recursos naturais e interferir nos processos de renovação da natureza. O consumo exagerado da sociedade moderna é o principal motor dessa pressão. Atualmente se consome cerca de 25% a mais de recursos do que a natureza consegue repor de acordo com o relatório Planeta Vivo 2006 da organização não-governamental WWF. Para se ter idéia, segundo outra pesquisa da WWF, esta de 2008, se todas as classes sociais adotassem o estilo de vida da elite brasileira, seriam necessários três planetas para sustentar o consumo.

Preocupado com essa situação, o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVces) lançou em junho o Catálogo Sustentável, um portal em que os visitantes encontram informações de produtos, serviços e empresas sustentáveis. “Criamos um catálogo virtual em um espaço aberto e amplo para reunir e permitir o acesso a produtos com características de sustentabilidade. Nosso objetivo não é, de forma alguma, estimular o consumismo, mas a procura por produtos feitos de forma sustentável”, afirma a diretora executiva do GVces, Rachel Biderman.

Para fazer parte do catálogo, o produto deve atender a pelo menos um dos critérios adotados pela equipe como eficiência energética, toxicidade, biodegradabilidade entre outros. No entanto, essa “peneira” deve ficar mais fina no futuro. “Neste momento inicial, queremos premiar quem deu o primeiro passo. Com o tempo, ficaremos mais rigorosos. De repente, atender a apenas ao critério de eficiência energética não será suficiente, também precisará ser feito com material reciclado, mas o mercado não dispõe desses produtos atualmente”, explica Biderman.

Outro objetivo da iniciativa é divulgar informações referentes à sustentabilidade empresarial, de forma a estimular que a demanda influencie a construção de um novo modelo de produção. Desde os cidadãos consumidores até as grandes empresas e órgãos públicos compradores estão dentro do público alvo. “Queremos que o catálogo também sirva como uma ferramenta de educação. Caso precise realmente consumir, que procure por produtos com menos impactos”, explica a diretora executiva do GVces.


O que precisa é consciência

Iniciativas como o catálogo sustentável são importantes, mas ainda falta compreensão da população sobre o seu impacto na natureza. “Falta nas pessoas consciência sobre o que estão fazendo. O ato da compra é desvinculado da consciência sobre o impacto da compra sobre o ambiente”, afirma a analista de projetos ambientais da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, Maísa Guapyassú.

O ecólogo ambientalista e professor da Universidade Regional de Blumenau (SC), Lauro Bacca, afirma que as pessoas estão perdendo a referência devido ao aumento absurdo do consumo. “Comemora-se muito que conseguimos reciclar cerca de 90% das latinhas de refrigerante no país, mas se esquece que os outros 10% que acabam no ambiente representam aproximadamente um bilhão e meio de latas só no Brasil. Há 20 anos, esse número era zero, agora, a quantidade é imensa”, explica.

O professor acredita que a questão ambiental cresceu bastante nos últimos anos, porém a devastação ambiental aumentou muito mais. “Os carros de hoje lançam uma quantidade muito menor de poluentes no ar do que os de 20 anos atrás, mas o número de automóveis nas ruas anula esse avanço. Vivemos uma era de ilusão ambiental, esses avanços são necessários, mas temos que acabar com a crença de que só porque inventamos uma tecnologia avançada ambientalmente as coisas estão às mil maravilhas”, comenta Bacca.

O afastamento do homem moderno da natureza é outro dos fatores que contribuem para o desinteresse das pessoas em ter mais cuidado com suas atitudes de consumo, segundo Guapyassú. “Essa desconexão faz com não tenham consciência de suas ações. Acham que a tecnologia vai resolver tudo independentemente do custo”, afirma.


Consuma mais, consuma muito

O processo de indução ao consumo feito pelos diversos meios de comunicação também é responsável pelo problema, pois entra em conflito com a necessidade de ter mais cuidado na hora de comprar. “Esse modelo de sociedade de consumo criou a utopia de que o Brasil é um país inesgotável”, afirma Oscar Fergutz, analista de projetos da Fundação Avina. Guapyassú divide a mesma opinião, “queremos que as pessoas tenham comportamento ambientalmente correto, mas ao mesmo tempo elas são bombardeadas com propaganda e se valoriza a compra de produtos desnecessários. Estamos em um mundo em que as pessoas são valorizadas pelo consumo”, afirma.

Bacca não acredita que alguém diga que o meio ambiente não é importante, mas na hora de tomar medidas positivas para a natureza, mesmo as mais simples, é difícil encontrar pessoas dispostas a isso. Para ele, o governo também tem sua parcela de influência, pois não cria ações efetivas para estimular essa mudança. “O consumo consciente ainda não atingiu a grande massa e as autoridades são responsáveis em grande parte por isso. Pouco se divulga, pouco se impõem. Os governantes gostam muito de dividir o ônus com a população, nunca o bônus”, comenta.

“Se essa lógica se perpetuar, estaremos sempre pressionando o meio ambiente, pressionando na produção com a retirada dos recursos, e depois na volta, na hora do descarte. Cria uma pressão sobre o planeta tão grande, que ele não consegue se recuperar”, explica Biderman.


Tomando a frente

Oscar Fergutz é um desses consumidores que sempre procuram levar em consideração o impacto do produto e de suas ações sobre o meio ambiente. Sempre observa a quantidade de embalagens, a eficiência energética, a distância do transporte da mercadoria na hora de adquirir alguma coisa. Para ele, a responsabilidade social não pode ser só das empresas e dos governos, mas de todos que fazem parte da sociedade. “Devemos estar conscientes o tempo inteiro. Tudo o que fazemos consome recursos do planeta”, afirma.

É este tipo de postura que o planeta precisa urgentemente de seus mais numerosos habitantes. “Nosso planeta Titanic está afundando e as pessoas não estão percebendo, continuam na proa do navio fazendo festa”, conclui o professor Bacca.

Para saber mais sobre consumo consciente, visite os sites do GVces, do Instituto Akatu e do Instituto de Defesa do Consumidor.

Fonte: Fundação O Boticário

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Noitada ecológica

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O Club4Climate em Londres é um projeto pioneiro em sustentabilidade e geração de energia renovável em casas noturnas. Gerando 60% da energia necessária para movimentar o clube, o grande alicerce deste clube é a inovadora pista de dança com piso elétrico que usa cristais de Quartzo e cerâmicas para transformar o movimento dos freqüentadores do clube em eletricidade.

O clube sustentável, se é que pode ser chamado assim, terá turbinas eólicas para gerir os outros 40% da energia necessária, e o excesso de energia gerado será utilizado em casas próximas ao clube. Em se falando de sustentabilidade o clube também utilizará em seus banheiros, torneiras automáticas, utilizando pouca água e ar-condicionados de última geração que consomem pouco energia elétrica.

Mas a temática ecológica não pára aí. As paredes do Surya são sensíveis ao calor e mudam de cor quando a casa está cheia e, literalmente, “fervendo” – a idéia é fazer uma referência ao aquecimento global. No banheiro, as descargas e torneiras utilizam água de chuva. E como não poderia deixar de ser, todos os vidros, metais, plásticos e papéis são reciclados. Já o bar causa certo estranhamento. Só serve bebidas orgânicas, feitas sem nenhum tipo de agrotóxico ou produto químico, e seu destaque é bem esquisito: uma tal de “biocerveja”.

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Europeus vão doar R$ 15.000.000 (milhões) para combater desmatamento

domingo, 5 de outubro de 2008


O Ministério do Meio Ambiente e a Comunidade Européia assinaram hoje (02/10/2008) um projeto de cooperação técnica que irá contribuir para a prevenção e o controle do desmatamento na região da BR-163, estrada que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA). O projeto prevê também a implementação de alternativas econômicas para as populações que vivem na região.

O documento assinado hoje, chamado “Manejo florestal, apoio à produção sustentável e fortalecimento da sociedade civil na Amazônia Brasileira”, estima investimentos de 5,8 milhões de euros, o que corresponde a quase R$ 15 milhões.Para o ministro Carlos Minc, a iniciativa será importante para dar sustentabilidade à região."Esse projeto apóia manejo florestal, ou seja, a possibilidade de comunidades e empresas usarem a madeira sem destruir, de tal forma que daqui a 30 anos a floresta esteja do mesmo tamanho", afirmou.

Ainda segundo o ministro, a iniciativa "apóia projetos comunitários de produtos não madeireiros, por exemplo, seivas, resinas, óleos, reflorestamento, recuperação de áreas degradadas, diminuição das emissões, manejo florestal, tecnologias limpas".

O projeto é apoiado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura (FAO), que se compromete a fornecer apoio técnico. Para Minc, a defesa da Amazônia é vista com interesse porque outros países enxergam a oportunidade como um "seguro de vida".

"Muitos desses países, como é o caso da Noruega, vêem a defesa da Amazônia como um seguro de vida. São países muito próximos das geleiras e, seguramente, se intensificar o ritmo dos derretimentos, serão os primeiros a submergirem."

O chefe da delegação da Comunidade Européia, embaixador João Pacheco, afirmou que o interesse dos europeus é auxiliar a política brasileira de redução de danos ambientais.

"São projetos em que nós nos inserimos numa política do governo brasileiro, e portanto nós estamos apoiando essa política, que acreditamos que é preciso fazer essas ações: reduzir o desmatamento, que se crie um desenvolvimento sustentável, que haja o manejo sustentável da floresta." De acordo com o ministro, as ações previstas no documento devem ter início no próximo ano.‘‘).

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Manejo e Conservação de Cavernas

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Acontece em Curitita, Paraná, entre os dias 24 e 27 de Outubro o Segundo Workshop de Manejo e Conservação de Cavernas e Ambientes Cársticos.

Com o tema "Estratégias para conservação de áreas cársticas e áreas prioritárias para conservação de cavernas no Brasil", o programa foi montado de forma a apresentar a nível institucional as tratativas e normativas relacionadas às cavernas brasileiras.

Maiores informações como programação completa e inscrições on line no site da Redespeleo em: www.redespeleo.org.br.
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