Nova argamassa ambiental para construção civil

sábado, 14 de junho de 2008


O Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) e o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), órgãos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), desenvolveram projeto de uma argamassa ambiental.

Segundo as instituições, trata-se de alternativa ecológica e econômica às 720 toneladas de resíduos finos (“pó de rochas”) lançadas mensalmente pelas serrarias de rochas ornamentais nos riachos e rios do município de Santo Antônio de Pádua (RJ).

O resultado prático do estudo dos dois institutos de pesquisa foi a inauguração, nesta quarta-feira (11/06), da primeira fábrica de argamassa ambiental no Rio de Janeiro.

A empresa Argamil investiu R$ 8 milhões na instalação da fábrica em Santo Antônio de Pádua, e o Banco de Fomento do Rio de Janeiro (Investrio), R$ 2 milhões para viabilizar o projeto. A fábrica tem capacidade de produzir 1,24 tonelada por mês do produto.

Cetem e INT avançaram na pesquisa da argamassa ambiental a partir da utilização dos resíduos produzidos pelas serrarias que cortam, à beira dos rios, rochas conhecidas como pedras miracema e madeira, para aproveitamento em revestimento de pisos e paredes na construção civil.

A nova técnica, além de reciclar a água poluída, gera um resíduo sólido que, após secagem, pode ser utilizado na formulação da argamassa. Segundo o Cetem, a argamassa ambiental permitirá economia de outras substâncias minerais como a cal ou o calcário, que serão substituídos pelo pó de rocha na formulação da argamassa.

A implantação do projeto do Cetem, em colaboração com o Departamento de Geologia da UFRJ e do Instituto Nacional de Tecnologia, modificou quadro socioeconômico e ambiental no município fluminense de Santo Antonio de Pádua, um dos mais pobres do Estado. Com a atualização de tecnologia, preparo de mão-de-obra e atualização de gestão, o projeto reconduziu à formalidade 76 pedreiras e 82 serrarias ameaçadas de fechamento, na cidade que tem na mineração de rochas ambientais a principal fonte de geração de emprego e renda.

Além disto, o Centro encontrou alternativa ecológica e econômica para as 720 t de resíduos finos (poeira das rochas) que eram lançadas mensalmente nos rios locais: a argamassa ambiental, com aproveitamento no revestimento de pisos e paredes na construção civil, produto 30% mais barato que o convencional.

Mais informações: www.cetem.gov.br

0 comentários:

 
 
 

Receba nossas postagens

Receba os posts do Instituto 5 de Junho em seu e-mail!

Digite aqui seu e-mail:

Seguidores